ZÉ LIMA é poeta, cantor, compositor, natural de Santana do Matos, onde viveu até os 15 anos de idade. Morou ainda em Assu, a “cidade dos poetas” onde desenvolveu o talento e o gosto pela poesia popular, e ao som das violas foi influenciado por poetas locais, inclusive Renato Caldas, um dos nomes mais importantes da poesia potiguar.
Em Assu conheceu os irmãos Hermes e Aldo, que tinham uma casa de
discos e lhe apresentaram nomes com Raul Seixas Fagner, Ednardo, Alceu Valença,
Geraldo Azevedo, Belchior, Xangai, Vital Farias, Elomar e outros que passaram a
compor a sua formação musical e poética.
Ao mesmo tempo escutava Fernando Mendes, Zé Augusto, “uma
mistura perfeita dentro da minha cabeça para que eu me tornasse o poeta, o
músico, o cordelista e o cantador violeiro que sou hoje”, diz ele. Representou
Assu no concurso “A Mais Bela Voz” no ano de 1977, ficando em segundo lugar,
cantando uma música do Zé Augusto.
Em 1978 foi para São Paulo, onde gravou um compacto simples
(duas músicas de cada lado): Nova Era e Emília, pela Globo. Em 1981 conheceu o
cantor Bartô Galeno no Rio de Janeiro, que lhe apresentou ao também poeta
cantor e compositor mossoroense Marcos Lucena, segundo Zé “um comunista
radical” e com quem aprendeu a escrever temais sociais, reivindicando direitos
ao povo.
“Marcos Lucena, na verdade, foi meu grande mestre e amigo. Me
ensinou tudo o que eu sei sobre cordel, poesia dos repentistas e fazer músicas
de qualidade”. Neste mesmo ano (1981), ajudado por Bartô Galeno, gravou um LP
pela gravadora Ayxa, distribuído no brasil pela RCA. Participou de concursos
musicais importantes, como o MPB Shell, organizado pela Rede Globo.
Em Mossoró atualmente, apresenta o programa Coisa do Sertão, na
Tv Cabo Mossoro (TCM) há 15 anos. Tem 12 cordéis publicados e um livro pronto
para ser editado: “Viola, versos e repentes”.
FONTE - MOSSOROENSE
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